Comumente, quando se pergunta a alguém que fez sucesso na vida, qual foi o seu segredo ou a chave ou o que fez a diferença, a resposta geralmente é: “gosto do que faço ou faço o que gosto”. Essa resposta nos faz lembrar de uma frase atribuída a Confúcio: “escolha o trabalho que goste e não terás de trabalhar um único dia da tua vida”.
De fato, a experiência tem mostrado que quando gostamos do que fazemos ou fazemos o que gostamos, somos mais comprometidos, temos mais disposição, atitude, e motivação, características fundamentais que levam ao êxito. Parece que gostar do que faz está relacionado a ter prazer em algo que não tivemos de escolher como atividade, enquanto fazer o que gosta nos coloca na condição de opção por aquilo que naturalmente temos apreço.
Infelizmente, nem todos tem a condição de escolher o trabalho de que mais gostam e mesmo aqueles que possuem essa condição, têm de fazer inúmeras atividades com as quais não simpatizam. Portanto, entendo que o grande desafio é aprender a gostar daquilo que estamos fazendo independente se foi nossa escolha ou não. A pergunta que não quer calar é: como isso é possível?
A resposta está num raciocínio simples, mas que pode significar a diferença entre uma vida plena e satisfatória, profissionalmente falando, ou uma existência abúlica, cheia de frustrações.
Você gosta de matemática? Eu detesto matemática. Por quê? Por que eu tirava a média pra passar. Mas eu gosto muito de historia e português. Por quê? Por que eu quase sempre conseguia a nota máxima. Desse exemplo, entendo que o primeiro requisito para aprender a gostar de algo é ter um bom desempenho, acompanhado de reconhecimento e recompensa.
Por exemplo, você gosta de jogar o quê? Dominó, buraco, xadrez, pôquer? Se você escolheu algum desses é por que você se sai bem e consegue ganhar de oponentes ou ao menos fazer frente a eles. E por que você consegue isso? Eis o X da questão: Por que conhece as regras do jogo (sabe contar as pedras ou cartas), o que te faz antecipar jogadas ou movimentos, prever onde estará daqui a alguns minutos, saber o que o oponente fará em suma ter percepção diferenciada. O resultado: vitória e reconhecimento. Não raro, alguns se tornam apaixonados por algum jogo ou esporte.
Profissionalmente, não é diferente. Aqueles entrevistados que mencionamos no inicio são fora de serie em seu ofício, potencializam bem os seus recursos e performam bem.
A conclusão do assunto é que, se queremos ser apaixonados por aquilo que fazemos , precisamos conhecer as regras do jogo de nossa atividade, do nosso negócio, de nossa profissão, o que nos fará verdadeiros experts. A consequência natural? Teremos excelentes resultados. Estamos falando do prazer de jogar baseada em expertise e do prazer de ganhar. Como não gostar?