A evasão de alunos é preocupante para as instituições de ensino, principalmente em época de crise econômica.
Segundo informações oficiais dos Censos da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), em 2014, foram 1 milhão de pessoas formadas, porém, 1,2 milhão de estudantes trancaram a matrícula – os dados são referentes às instituições públicas e privadas, sendo mais acentuados nas instituições privadas.
De acordo com dados da Serasa Experian, em julho, haviam 59,6 milhões de inadimplentes no país. Esse número mostra que nenhum negócio está livre de risco.
Retenção de alunos: aja com proatividade
O cenário acima mostra que as instituições de ensino têm sofrido com o número de desistência das matrículas e, consequentemente, sentido o impacto disso na receita.
Ainda mais preocupante é o fato de muitas não conseguirem identificar os motivos das reclamações, ou insatisfações em tempo de resolver a questão. A direção só tem conhecimento sobre o ocorrido quando já não há mais nada a ser feito.
Para reverter essa situação é preciso agir com antecedência. Deixar para resolver a questão somente diante da perda dos alunos, não vai trazer o resultado esperado.
Por que usar a plataforma de BI?
O melhor a fazer é considerar o uso de uma ferramenta de BI para analisar o cenário, entender os motivos que estão levando os alunos a deixarem a escola e tomar medidas para reverter a situação.
Com o BI, os gestores podem, por exemplo, detectar, por nível de reclamações e desistência, a insatisfação de alunos e cruzar os dados com as informações demográficas.
Assim, fica mais fácil saber o que levou o aluno a sair da escola.
Principais motivadores da evasão dos alunos
O maior foco das instituições de ensino está na captação de alunos. É comum ver ações incríveis e cases de sucesso nesta área. Mas depois que os alunos entram nas escolas, algumas deixam de trabalhar para retê-los.
Para iniciar uma estratégia de retenção de alunos é importante identificar os motivos das desistências. Em linhas gerais, eles normalmente estão relacionados com:
Notas baixas: a dificuldade no acompanhamento do curso, seguido pela ocorrência de notas abaixo da média, é algo que desmotiva os alunos. Por isso, é importante acompanhar o processo de aprendizado dos estudantes nas aulas e agir para ajudá-los ao sinal de qualquer dificuldade.
Localização: a distância da casa do aluno até a instituição de ensino também é outro fato que pode motivar a desistência. Se os pais perdem muito tempo no trânsito para levar os filhos na escola ou, no caso do ensino superior, se a faculdade fica muito longe da casa ou trabalho da pessoa, a chance de tentar uma transferência para uma unidade mais próxima é grande. Identificando isso com rapidez, você pode buscar soluções para facilitar o transporte e, assim, evitar perder alunos.
Dificuldade financeira: com a crise financeira, infelizmente, muitas pessoas foram demitidas e, por isso, precisaram enxugar o orçamento. Acompanhar o índice de inadimplência das mensalidades é outro ponto importante para evitar a evasão de alunos. Numa situação de redução de orçamento da família, a escola pode avaliar se não é o caso de trabalhar com descontos ou bolsas parciais. Muitas vezes, vale mais a pena diminuir a margem de ganho, mas manter a entrada de dinheiro.
Com base em todos esses pontos, o gestor pode prever cenários considerando as determinadas variáveis e sugerir plano de ação. Investir na realização de treinamentos de capacitação profissional ou contratos com cooperativas de transporte para alunos de determinadas regiões podem ser boas saídas para reter os alunos. Ainda é possível prever com antecedência o nível esperado de insatisfação ou desistência e calcular o impacto disso nos custos e receitas.
Olhe para dentro de casa e tome medidas para estimular a retenção de alunos e manter a saúde financeira da sua escola.
Esse artigo foi publicado na Inteligência de Negócios http://blog.in1.com.br/